Nau Newsletter #17
Olá a todas, todos e todxs,
Segue aqui minha Newsletter n° 17.
Nesta edição trago a vocês os seguintes textos:
1. Estratégias de reprodução social nas elites paraenses
Meu novo artigo na Revista do Naea. Nele, busco compreender as formas sociais historicamente presentes em seis gerações de um grupo de parentesco das elites amazônicas e as peculiaridades de suas estratégias de reprodução econômica e política. Coletei dados desse grupo, formado pelos núcleos Gama Bentes, Gama da Silveira, Gama Malcher, Castro da Gama, Gama e Silva, Gama e Abreu, Pereira da Gama e Gama e Costa - bem como diversos outros núcleos familiares associados a eles, entre 1776 e 1945, procurando observar as trajetórias sociais presentes nesse processo, indagando sobre como elas se produzem a partir dos diferentes contextos ambientais e produtivos amazônicos.
2. Microcrônicas 1: I Kant, Kant You?
300 anos do nascimento do filósofo Emmanuel Kant. Nada em mim é kantiano, mas, tributo devido, muitas vezes, por meio de Kant, indaguei sobre o que sou, enquanto universidade, como universidade. Onde estou e a quem represento, como professor, cientista, orientador? Pelo que sou responsável? Qual a minha responsabilidade? Perante quem sou responsável por aquilo de que sou responsável? Um trecho do meu Memorial acadêmico, que será publicado em livro brevemente.
3. Uma história leva à outra, n° 8
Sobre máscaras de carnaval: das máscaras que não o são às máscaras sociais que desejam nos obrigar a vestir. De Dircinha Batista e seus sucessos no carnaval de 1940 à capital mascarada, Praga. Talvez vocês reconheçam a composição “Vou ter um troço”, do genial Jackson do Pandeiro:
“Garota você é uma gostosura
Foi proibida
Pela censura”
4. Uma história leva à outra, n° 9
Uma vez vi o inferno – e até toquei nele. Chamavam de inferno a uma mala de couro muito velha, guardada na casa da minha bisavó, na Generalíssimo, entre Nazaré e São Jerônymo. Iam queimá-la, no fundo do quintal, juntamente com outras “velharias”. Embora eu fosse criança, possuía grande interesse em relação ao passado. Pedi a favor do Inferno, implorei por sua clemência, mas não fui atendido.
5. A gente acaba perdendo a paciência...
Racismo reverso não existe. Republico abaixo um texto que escrevi em 2022 criticando um artigo do Antonio Risério. Lá no meio dele eu coloco o seguinte: “Eu, que sou branco, (...) não teria um único exemplo a dar, mas poderia oferecer milhares de exemplos de como o racismo me foi oferecido, pela sociedade em que vivo e da maneira mais indigna possível, como instrumento de poder”. Vamos começar a falar disso? Acho que isso ter a ver com o primeiro artigo proposto nesta edição da Nau.